Acho que foi algo bom.
Eu estava em tokyo, no dia dezessete de Fevereiro, andando em tokyo, procurando por eles, o mcfly.Muitas pessoas já encontraram bandas famosas andando por lá, mas a gente não.Eram as dez da manhã, e fomos para o lugar onde foi o show, havia apenas três meninas lá.Visualizei todo o local, que estava com algumas portas grande no fundo, todas fechadas.Percebi que logo na frente do lugar, havia dois carros grandes, e dentro com caixas pretas, era os instrumentos deles.Ficamos umas duas horas esperando e nada deles aparecerem.Até que eu percebi que o carro onde os instrumentos estavam, não estava mais lá.Todas as fãs estavam na parte da frente, mas eu corri para a parte de traz, onde não tinha ninguém.E as portas estavam abertas, e os instrumentos sendo colocados para dentro.Chamei minha amigas, e logo veio as outra curiosas ver o que era.Não agüentei, e fui perguntar pro cara, se eles já tinham chegado.Eu e minha amiga chamamos eles, e perguntamos, em inglês, já que o meu japonês é muito ruim.Ele foi seco, disse que ele não podia falar e que não podíamos ficar ali.Do mesmo jeito, falei obrigada e continuei lá a esperar.Passaram se horas, estava muito frio, eu estava pálida, minha boca quase estourando de vermelha, e as mãos rachadas, saindo sangue.Eu não podia sair dali, em quando eles não aparecessem.Mas ai, finalmente começaram a colocar as grades, e nos mandaram ficar atrás delas.Eu estava grudada na grade, pelo aperto que estava.E ai chegou o carro, e eu sabia que era eles.Eles desceram, eu não estava conseguindo enxergar porque tinha outro carro do nosso lado, comecei a pular e a gritar de desespero, mas ai eu parei, e mesmo com o carro na minha frente, atrás daquele vidro, estava lá, era o Dougie, a alguns metros de mim.Depois eles entraram, aqui os seguranças são muito rígidos, eles não deixam eles se aproximar, e nada de fotos.
Eles entraram e eu sabia que era o fim ali, tinha acabado.O show começou, e do lado de fora pude escutar barulhos.Fomos no fundos, onde não tinha nenhuma segurança, e eu encostei meus ouvidos em uma porta, uma porta grande de ferro.E eu posso jurar, que estava eu, a porta e o Harry, tocando bateria.Era um som muito nítido, ele não poderia estar mais longe, eu sentia o tremor as batidas faziam.Escutei eles as primeiras músicas, Everybory Knows, Obviously e Tranny.Ouvi a voz de cada um.Ouvi antes também, eles estavam ensaiando, ouvi a bateria e os meninos testando o microfone, eles faziam ''AHHHHHH'' e ''AU AU AU''.Mas logo já eram sete horas da noite, se eu ficasse mais lá, iria perder trem, e sabe Deus se eu iria conseguir voltar pra casa naquele dia, já que eram duas horas de viagem.Foi totalmente horrível, quando olhei o relógio e tive certeza que era hora de ir.Saber que eles estavam bem ali, e eu tinha que deixar eles pra trás como uma simples lembrança era ruim.Mas não teve jeito, vim pra casa com o coração na mão, em quanto minha fletcher chorava, porque o outro dia era O dia que ela iriam ver eles, e eu não.
Mas foi bom, fui na HMV de cinco andares, conheci aquela cidade tão cheia e aglomerada de pessoas, e tentei, tentei tudo o que podia.Na verdade, nos fundos eu vi uma porta totalmente aberta, mas eu não tive coragem de entrar e invadir, eu não poderia ir para na policia de novo.Isso, no caminho para Shibuya, paramos em uma estação em Ueno.Lá alguns caras esquisitos e de preto nos pararam.EU particularmente estava com as pernas moles.Eu não sabia se eram mesmo policiais, mas perguntaram onde iríamos, o que iríamos fazer e pediu nosso documentos.Mas a Débora esqueceu, e isso pareceu procurar o carinha, e disse que precisávamos ir para a policia.A gente com o nosso Japonês avançadíssimo fomos com medo, o que ele iria fazer? Andamos um pouco pela estação e logo chegamos a delegacia, que ficava dentro da estação.Entramos, todos os guardas olhavam meio espantados pra gente, será que eles achavam que tinhas furtado alguma coisa? O cara nos levou até uma sala, que parecia até filme de pega ladrão de cinema: Sala pequena, sem janelas, apenas quatro cadeiras e uma mesa no centro.Nos sentamos e ele nos fez algumas perguntas, ele até que era bem humorado.Depois ele pediu que esperássemos uns vinte minutos, para que ele ligasse para a imigração japonesa e perguntasse que a nossa amiga era legal no país.Não sei se eles pensavam que iríamos fugir, mas na porta ficou um carinha de preto, de guarda com um olhar sério e caneta e bloquinho nas mãos.Depois fomos liberadas, mas sério, eu me borrei de medo.
Mas o bom de tokyo é que a cada esquina tem um Starbucks, e que tudo é perto, é bom andar por lá.
E agora eu acho que estou bem, toda aquela depressão que me dava todas as vezes que eu me lembrava do show, ou ouvia falar dele passou, agora eu me recordo dele mais como uma tentativa, um sonho que não era ainda a hora de ser realizado.Porque quando é a hora, ninguém pode deter, ninguém.